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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

A hipertensão pode ser definida como um aumento crônico da pressão arterial sistêmica, seja dos valores máximos (sistólicos), mínimos (diastólicos) ou de ambos.
A classificação da hipertensão, efetuada pela Organização Mundial da Saúde (O.M.S.) e com base nos valores da pressão arterial, permite distinguir três categorias:




Normotensão
  • Pressão Sistólica (PAS) < 130 mmHg
  • Pressão Diastólica (PAD) < 85 mmHg.
Hipertensão Borderline(Pressão arterial Limítrofe)
  • PAS compreendida entre 130/139 mmHg.
  • PAD compreendida entre 85/89 mmHg.
Hipertensão
  • PAS > 140 mmHg.
  • PAD > 90 mmHg.
Além dessa classificação internacional, podemos utilizar a seguinte escala recomendada pelo Consenso Brasileiro/98:

Classificação da Hipertensão Arterial(>18 anos de idade)

PAS (mmHg)PAD (mmHg)Classificação
< 130<85Normal
130 - 13985 - 89Limítrofe
140 - 15990 - 99H. Leve
160 - 179100 - 109H. Moderada
= 180= 110H. Grave
= 140<90H. Sistólica
A Hipertensão Arterial Essencial (sem uma causa precisa) constitui, pelo menos, de 90% a 95% de todas as formas de hipertensão. Todas as demais formas de hipertensão, chamadas secundárias, estão associadas à outra patologia e compreendidas entre 5 e 10%. Nesse segundo grupo prevalecem as hipertensões de origem renal e as várias formas de hipertensão endócrina (por hiperaldosteronismo, doença de Cushing, feocromocitoma).
A hipertensão arterial sistêmica atinge cerca de 20% da população dos países do mundo ocidental e causa, com o decorrer do tempo, patologias graves.
No Brasil, de 15 a 20% da população adulta é considerada hipertensa. Além disso, a hipertensão é responsável por 40% dos casos de aposentadoria precoce em nosso país.
A hipertensão arterial tem um componente familiar. Cerca da metade dos pacientes hipertensos apresentam um traço familiar para hipertensão ou mortalidade cardiovascular prematura em seus parentes de primeiro grau.

Pressão arterial

Sistole/ Diástole

Pressão arterial máxima / Pressão arterial mínima

120-140 mmHg 80-90 mmHg

Fatores ambientais

Foi amplamente demonstrada a relação entre conteúdo de sódio na dieta e os níveis de pressão. A hipertensão arterial parece ser desconhecida entre as populações que consomem pouco sal.
O papel do stress ambiental permanece controverso, embora muitos médicos estejam convencidos de que o estresse pode contribuir para aumentar a pressão arterial.

Idade e Sexo

Nos países industrializados, a pressão arterial média da população aumenta com a idade. Após os 50 anos, a pressão arterial diastólica tende a normalizar-se e, às vezes, até a diminuir, enquanto a pressão sistólica continua a subir até a idade mais avançada.
As mulheres, após a menopausa, apresentam um maior risco de desenvolverem hipertensão arterial.

Obesidade

Foi demonstrada uma correlação entre aumento dos valores da pressão e o aumento do peso e, ao contrário, redução da pressão com a diminuição do peso nos obesos.

Aspectos clínicos da Hipertensão

O quadro é tipicamente pobre e específico, não se notando sintomas nem sinais próprios da hipertensão arterial isolada, especialmente a hipertensão leve.
Cefaléia, vertigens, zumbidos nos ouvidos são freqüentemente considerados como sintomas precoces e freqüentes da hipertensão.
A cefaléia, especialmente matutina ou noturna, oprimente, e não pulsátil, é relatada por cerca de 50% dos hipertensos e se reduz, em cerca de metade, com tratamento favorável.
Nictúria (micções noturnas) e vertigens são freqüentemente assinaladas nos hipertensos (cerca de um terço dos casos).
A pesquisa clínica dos sinais de patologias em outros órgãos é fundamental, sobretudo para a finalidade de prognóstico; sobre eles se baseia a avaliação do risco do hipertenso.
Estes sinais indicam que a hipertensão arterial começou a prejudicar o cérebro, coração (músculo e coronárias) e os rins.
O estudo de fundo-de-olho (retina) representa uma preciosa informação sobre o estado dos vasos cerebrais.

Complicações

A hipertensão arterial determina alterações estruturais no coração, cérebro, rins e vasos arteriais.
Entre essas, podemos citar:

Hipertrofia Ventricular esquerda (HVE)

Representa o resultado de um mecanismo de adaptação do ventrículo esquerdo que, com o passar do tempo, pode favorecer a evolução para a insuficiência cardíaca.

Cardiopatia Isquêmica

É uma das principais complicações da hipertensão. A elevada pressão arterial acelera o processo aterosclerótico nos vasos coronarianos, ocasionando obstrução da passagem do fluxo sangüíneo e isquemia.

Insuficiência Cardíaca

Devido principalmente à insuficiência ventricular esquerda, é bastante freqüente.
Representa a progressão da hipertrofia ventricular esquerda por sobrecarga crônica de pressão. Podemos, portanto, considerar a hipertrofia como fase de compensação que, se não tratada, evolui para a insuficiência.

Retinopatia Hipertensiva

Em pacientes hipertensos, pode ser constatada a presença de alterações nos vasos da retina ao exame do fundo de olho.
A descoberta de hemorragias e exsudatos, nessa região, representa um quadro de hipertensão grave.

Encefalopatia Vascular

Os dois aspectos fundamentais são representados pela hemorragia cerebral, complicação direta da hipertensão e pelas vasculopatias cerebrais.
Em geral, os hipertensos apresentam um maior número de crises cerebrovasculares do que os normotensos. São os chamados acidentes vasculares cerebrais - (AVC).

Nefropatia Hipertensiva

A hipertensão arterial é uma freqüente manifestação clínica dos pacientes com insuficiência renal.

Medida da pressão arterial

Uma medição acurada da pressão arterial com esfigmomanômetro de mercúrio constitui o primeiro e mais importante passo para um correto diagnóstico.
Por ocasião da primeira consulta, a pressão arterial deveria ser medida em ambos os braços, já que às vezes, pode-se encontrar uma significativa diferença entre os dois lados.
É necessário que valores de pressão elevados sejam confirmados pelo menos em três distintas medidas, a serem efetuadas, possivelmente, no mesmo horário do dia, porquanto a pressão pode variar de uma consulta para outra, assim como no decorrer do dia.
Em caso de hipertensão limítrofe, pode ser útil dispor de medidas efetuadas em diversas circunstâncias extra-consultórios.

Pesquisas laboratoriais

As pesquisas de laboratório podem permitir a identificação de elementos de alto risco e podem individualizar outros fatores de risco (hipercolesterolemia, diabetes ou formas secundárias de hipertensão).

Prognóstico

O risco de desenvolver uma doença cardiovascular aumenta com a elevação dos níveis da pressão arterial: mais elevada é a pressão arterial, maior é o risco de eventos coronarianos, cerebrais e renais.
A diminuição dos níveis da pressão, mesmo os levemente elevados, reduz a mortalidade por causas cardiovasculares, cerebrais e renais.
A possibilidade de desenvolver danos aos outros órgãos depende, também, de uma série de fatores de risco associados ao aumento dos níveis pressóricos:
Estes fatores compreendem:
  • Idade avançada
  • Sexo masculino
  • Eventos cardiovasculares
  • Hipertrofia ventricular esquerda
  • Nefropatias
  • Fumo
  • Diabetes
  • Dislipidemia (é o colesterol total e o colesterol LDL e HDL)
  • Vida sedentária
  • Obesidade
A presença de um ou mais destes fatores poderia agir como uma determinante de risco bem mais grave do que um aumento do nível da pressão.

Terapêutica da Hipertensão

O objetivo principal da terapêutica da hipertensão é o de reduzir, além dos níveis pressóricos, a incidência das doenças e da mortalidade cardiovascular.

Medidas Gerais

A abolição do fumo, a redução do peso, a redução do excesso de álcool e, sobretudo, a diminuição de sódio na dieta são providências que, diretamente, são capazes de diminuir a pressão arterial diastólica para o nível de 90 mmHg em alguns hipertensos leves e sem fatores de risco, sem terapia farmacológica.
A estas providências, deve-se associar uma maior atividade física e a redução dos níveis de colesterol, para agir também sobre outras situações que agravam o dano da hipertensão.
Diminua ou ElimineComece ou aumente
Peso CorporalExercícios Físicos
Ingestão
Tabagismo
Álcool
Stress

Terapêutica Farmacológica

Várias substâncias são utilizadas no tratamento da hipertensão, sendo consideradas eficazes e bem toleradas.

O INFARTO DO MIOCÁRDIO ESTÁ RELACIONADO COM O ESTILO DE VIDA

O Infarto do Miocárdio faz parte de um grupo de doenças chamado doenças isquêmicas do coração, as quais têm como característica comum o fato do sangue não chegar ao músculo do coração. Este bloqueio à circulação sanguínea do coração pode ser causado por uma obstrução, como placas de ateroma (aterosclerose), um trombo (coágulo sanguíneo) ou espasmo das artérias do coração.<.P>
As doenças isquêmicas são as doenças cardíacas mais comuns, constituindo a primeira causa de morte nos Estados Unidos.
O infarto do miocárdio é caracterizado pela destruição do músculo do coração, causado em geral por depósitos de placas de ateroma nas artérias coronárias. Essas placas nada mais são do que o acúmulo de células dentro dos vasos sanguíneos, consequentes a lesões dos próprios vasos, bem como depósitos de gordura, que vão aumentando com o tempo, formando verdadeiras "rolhas" no interior das artérias do coração.

CAUSAS

Vários fatores são responsáveis pelo infarto do miocárdio. Alguns são controláveis, outros - infelizmente - não. Sabemos que a incidência aumenta com a idade, principalmente depois dos 50 anos. Os homens são mais susceptíveis que as mulheres, sendo que aos 50 anos o homem tem 5 vezes mais chance de ter infarto que a mulher da mesma idade. Acredita-se que as mulheres tenham um efeito "protetor" devido à produção de hormônio (estrógeno), sendo que após a menopausa, devido à falta de produção desse hormônio, a incidência de infarto na mulher aumenta consideravelmente.
Outro fator que influencia o infarto do miocárdio é o colesterol. Quanto maior a quantidade de colesterol no sangue, maior a incidência de infarto. São conhecidos 3 tipos de colesterol: o de baixa densidade (LDL), o de muito baixa densidade (VLDL) e o de alta densidade (HDL). Este último, conhecido como "bom colesterol", parece ter um efeito protetor para o infarto do miocárdio, sendo ideal mantê-lo em níveis altos no sangue. Já o LDL, conhecido como "mau colesterol", aumenta a chance de infartos quando existe em níveis altos.
Muitas vezes, a pessoa tem o colesterol alto por causa de doenças hereditárias (hipercolesterolemia familiar), que fazem com que o corpo não consiga produzir as enzimas necessárias para "dissolver" a gordura. São os casos em que vemos pessoas bem jovens tendo infarto. é importante detectar esses casos na família, pois quando essas doenças são tratadas precocemente, é possível evitar que essas pessoas sofram infarto.
O diabetes também é apontado como uma doença que aumenta o risco de infarto do miocárdio. Como o diabetes pode ser transmitido hereditariamente, mais uma vez é importante saber se você tem casos na família e detectar a doença precocemente.
A pressão alta (hipertensão) também aumenta o risco de infarto do miocárdio, assim como a obesidade, fazendo o coração trabalhar mais, exigindo mais sangue.
O fumo está intimamente relacionado com o infarto do miocárdio, sendo que os fumantes são 60% mais susceptíveis de sofrer infarto do miocárdio que os não-fumantes. O fumo causa não apenas a destruição de vasos do coração, como aumenta a chance de formar coágulos de sangue (trombose). Essa tendência a provocar coágulos piora ainda mais em mulheres que tomam pílulas anticoncepcionais, principalmente entre os 30 e 40 anos de idade.
A inatividade física e o "stress" também desempenham um papel importante na produção do infarto.

SINTOMAS

O sintoma mais comum de um infarto é uma intensa dor no peito, geralmente com mais de 20 minutos de duração, que pode surgir mesmo quando a pessoa está acordando ou fazendo bem pouco esforço. Também é comum que a pessoa que está sofrendo um infarto apresente sudorese, náusea e vômito. O diagnóstico é confirmado pelo Eletrocardiograma, bem como pela dosagem de enzimas no sangue (CK e LDH), que se altera horas após o infarto.

COMPLICAÇÕES

O que se teme mais depois do infarto do miocárdio são as complicações. As mais letais são as arritmias, que podem ocorrer dentro de um prazo de 24 horas após o infarto. Por isso, foram criadas as unidades de tratamento intensivo coronariano, onde o paciente recebe todos os cuidados necessários para detectar precocemente e tratar essas arritmias.

TRATAMENTO

O tratamento do infarto do miocárdio se baseia no tratamento da dor, bem como das possíveis complicações. Alguns centros usam antiarrítmicos profilaticamente, mas seu uso é controverso. Outros centros usam agentes trombolíticos, que são drogas usadas para remover os trombos que estão interrompendo a chegada de sangue ao coração. Se o tratamento for instituido logo após o infarto, acredita-se que se possa reduzir drasticamente a lesão do músculo do coração. Também o uso de drogas que reduzem o uso de oxigênio pelo coração faz com que o músculo cardíaco sofra menos isquemia (ausência de sangue).

PREVENÇÃO


O infarto do miocárdio, apesar de ser uma causa de morte bem frequente, tem apresentado índices de mortalidade bem menores nos últimos anos, graças ao novo estilo de vida que muitas pessoas têm adotado. Conhecendo-se os fatores que contribuem para a ocorrência da doença, podemos reduzir ainda mais o índice de mortalidade. A dieta passou a ser a preocupação primordial no combate à doença, controlando-se a ingestão de colesterol e triglicérides. é usual fazer-se a dosagem dos mesmos no sangue a cada 5 anos, procurando mantê-los dentro do nível normal. Caso os níveis estejam elevados, pode-se iniciar um tratamento com dieta, ou mesmo com o uso de drogas que ajudam a baixar a concentração desses elementos no sangue, principalmente naquelas pessoas com hipercolesterolemia familiar citadas anteriormente.

O exercício físico tem um papel muito importante, não só para melhorar o condicionamento do corpo como para ajudar na manutenção do peso ideal. Recomenda-se andar pelo menos 3 vezes por semana, durante meia hora cada vez. Durante o exercício físico, o coração é obrigado a trabalhar mais, o que favorece a criação de uma circulação colateral, que pode ser a salvação quando alguma artéria importante do coração é bloqueada.
O hábito de fumar deve ser abandonado, não só para prevenir o infarto do miocárdio, como tantas outras doenças causadas pelo cigarro, como o câncer de pulmão, altamente letal. Reduzir a quantidade de nicotina ingerida, escolhendo-se um cigarro chamado "de baixo teor" não ajuda em nada.
O "stress" deve ser reduzido. Várias alternativas podem ser adotadas, como massagens, ioga, exercícios físicos em geral, esportes, meditação, etc. é importante destacar também que a hipertensão arterial muitas vezes é causada pelo "stress". Eliminando-se os fatores de tensão, a pressão sanguínea ficaria dentro do normal, reduzindo assim o risco do infarto do miocárdio.


Escovar os dentes corretamente pode prevenir doenças cardíacas

Uma pesquisa publicada recentemente no British Medical Journal revelou que a saúde da boca está relacionada diretamente com a saúde geral do paciente. De acordo com o estudo feito com 12 mil pessoas, quem não escova ou escova apenas uma vez por dia, tem mais chance de apresentar problemas cardiovasculares. Isso porque, quem não escova bem ou escova pouca, tem maior possibilidade de ter gengivite. As bactérias que provocam a inflamação da gengiva entram na corrente sanguínea e vão se alojar nas artérias ou válvulas do coração. As consequências são a predisposição à obstrução das artérias e daí o infarto do miocárdio ou lesões das válvulas cardíacas resultando em doenças graves que podem necessitar de tratamento cirúrgico.Os especialistas dão dicas de como fazer para fazer a escovação correta dos dentes. "Uma boa escovação começa com um forte bochecho com água, na pia do banheiro. A pessoa ao escovar precisa ver os movimentos, de preferência sem muita força, de forma circular em volta dos dentes com a ponta da escova, colocar as cerdas próximas à gengiva". 
       As escovas não duram. Eles devem ser trocadas com certa frequência. Toda vez que a escova estiver com as cerdas esgarçadas, com as pontinhas começam a ficar alteradas, a escovação não será eficaz, porque a cerda deve ser bem macia para poder limpar os dentes em volta da gengiva”.

      A escova de dentes deve ser trocada no máximo a cada dois ou três meses. Os dentistas dizem que não é preciso exagerar na quantidade de pasta de dente. O equivalente a um grão de ervilha é o suficiente, já que a parte importante da limpeza no uso adequado da escova.

TABAGISMO: UM DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS DA ATEROSCLEROSE

 O tabagismo é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, incluindo a doenças arterial coronária., acidente vascular cerebral, morte súbita, doença arterial periférica e aneurisma de aorta. O tabagismo, por ser um estímulo externo e de características comportamentais, é a principal causa isolada de morte que podemos prevenir, ao contrário dos outros principais fatores em que o controle do risco é relativo e amenizado em diferentes graus de eficácia. Os efeitos deletérios do tabagismo estão diretamente relacionados com o número de cigarros fumados e o tempo de consumo, e pode ser mais importante no sexo feminino por reduzir a relativa proteção às doenças cardiovasculares. A diminuição do tabagismo no sexo masculino auxiliou significativamente na redução da prevalência da doença arterial doronária nos homens. Nas mulheres, não foram observados os mesmos resultados, devido à tendência do aumento do tabagismo, principalmente nas mais jovens. A mortalidade por doença arterial coronária é 40 vezes maior nas mulheres fumantes que fazem uso de contraceptivos orais. Na prática, o tabagismo foi o fator de risco mais importante nas mulheres jovens com doença arterial coronária estável. O risco de doença arterial coronária declina rapidamente em ambos os sexos após a interrupção do tabagismo. Estudos recentes mostram, também, maior morbidade e mortalidade por doença aterosclerótica no fumante passivo.

MIOCARDIOPATIA DILATADA DE ETIOLOGIA ALCOÓLICA PODE SURGIR APÓS 10 ANOS DE CONSUMO DA BEBIDA.

A miocardiopatia dilatada é uma patologia do músculo cardíaco de etiologia multifatorial que ocasiona dilatação das cavidades cardíacas, diminuição da contratilidade e incapacidade de bombeamento de sangue imprescindivel na manutenção das necessidades orgânicas. A consequência é a insuficiência cardíaca congestiva. Nos países desenvolvidos, a causa mais frequente é doença arterial coronária. Infecção viral do músculo cardíaco, diabetes, doença tireoideano são outras causas importantes de miocardiopatia. Além disso, o uso de alcóol e cocaina, de forma continua, podem levar ao desenvolvimento dessa doença. A miocardiopatia alcóolica surge, aproximadamente, 10 anos após abuso de alcóol. O diagnóstico é estabelecido através do exame clínico e de exames complementares, como o ecodopplercardiograma e a ressonância magnética do coração. Em alguns casos específicos, o cateterismo cardíaco e a biópsia miocárdica podem ser indicados. O tratamento é clínico ou cirúrgico. Os medicamentos controlam a doença, melhora a qualidade de vida, reduz o risco de  morte súbita e  o número de internações. O transplante cardíaco está indicado nos casos graves e refratários ao tratamento clínico.

AS PRINCIPAIS CAUSAS DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC

O acidente vascular cerebral ( AVC) é provocado por uma interrupção no supri-mento de sangue ao cérebro por um obstrução no fluxo de sangue quer seja por um espasmo arterial ou por um trombo. O rompimento de uma artéria no interior do sistema nervoso central pode ocasionar um AVC hemorrágico ou Hemorragia Subaracnoidea. Se as células cerebrais perdem o suprimento de oxigénio e de nutrientes por consequência elas podem parar de trabalhar temporariamente ou então, morrem. Essa morte resulta em áreas de necrose localizada que são designadas como enfartes cerebrais. Mas existem muitas células remanescentes que podem provocar o ressurgimento de movimentos perdidos se o paciente for tratado devidamenteas causas mais comuns de AVC são os trombos, o embolismo e a hemorragia secundária ao aneurisma ou a anormalidades do desenvolvimento. O AVC hemorrágico  é  o quadro mais grave de Acidente Vascular Cerebral, com mortalidade de até 50% em 30 dias e ocorrem em uma população mais jovem de pacientes. A hemorragia decorre da ruptura de um vaso em qualquer ponto da cavidade craniana. As hemorragias intracranianas são classificadas de acordo com a localização (extradural, subdural, subaracnóide, intracerebral, intraventricular), a natureza do vaso rompido (arterial, capilar, venoso) ou a causa (primaria ou espontânea, secundária ou provocada). Os dois principais subtipos de AVC hemorrágicos são as Hemorragias Intracerebrais e as Hemorragias Subaracnóides.

LANÇAMENTO DE NOVO MEDICAMENTO PROMETE REDUZIR PESO EM POUCOS MESES

Novo medicamento será lançado no Brasil e promete reduzir peso corporal para aquelas pessoas com sobrepeso ou "gordinhos". Em testes realizados em vários pacientes de diversos países do mundo, inclusive no Brasil, a droga chegou a reduzir 4 kg em 30 dias, e 7 kg em 4 meses. O nome da substância é a LIRAGLUTIDA. Um hormônio sintético que imita a ação de um hormônio natural, conhecido como GLP-1 que é secretado, após a ingestão de alimentos,  pela Ileo terminal, responsável pela saciedade. A vantagem é que esse medicamento tem pouco efeitos colaterais e oito vezes mais potente e de ação bastante prolongada. O hormônio natural tem uma ação de 3 minutos enquanto o sintético - LIRAGLUTIDA- de 24h. Endocrinologistas dizem que ela tem grande potencial por que reduzem fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 como também para doenças do coração. A droga é administrada através de uma injeção subcutânea - em baixo da pele - bem tolerada pelos pacientes que utilizaram.

OS BENEFÍCIOS DO ÔMEGA 3

O omega 3 é um tipo de gordura, conhecido como ácido graxo essencial pois é muito importante para uma boa saúde.  O corpo humano não é capaz de produzir omega 3, tendo que obtê-lo da alimentação. Um grande número de pesquisas vem demonstrando os benefícios do omega 3 para o coração e todo sistema circulatório. 

        OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO ÔMEGA 3


  • Atividade antiinflamatória;
  • Atividade anti-trombos (entupimento dos vasos sanguíneos);
  • Redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos e
  • Redução da pressão arterial.
Os benefícios do omega 3 estendem-se para a redução do risco de desenvolver diversas doenças, incluindo:
  • Diabetes;
  • Acidente vascular cerebral (derrame);
  • Artrite reumatóide;
  • Asma;
  • Síndromes inflamatórias intestinais (colites);
  • Alguns tipos de câncer;
  • Declínio mental.
Alguns estudos também indicam que o Omega 3 traz benefícios para o humor, o aprendizado e para o sistema imunológico.

Os melhores alimentos ricos em  ômega 3


As melhores fontes de omega 3 são os peixes, algumas espécies possuem maior quantidade. Peixes ricos em omega 3: Cavala, Arenque, Sardinha, Salmão, Atum e Bacalhau.
Outras importantes fontes de omega 3:

  • Semente de linhaça
  • Castanhas e nozes
  • Óleos vegetais (azeite, óleo de soja, canola)
  • Vegetais de folhas verdes escuro.

OBESIDADE: A EPIDEMIA DOS TEMPOS MODERNOS

Aproximadamente 40% da população adulta brasileira apresenta sobrepeso e um terço (33%) é obesa. Nos Estados Unidos a situação ainda é pior: lá, 65% dos adultos são obesos ou têm sobrepeso e 18% têm obesidade mórbida. A obesidade está associada ao surgimento em maior freqüência de uma série de enfermidades, como a hipertensão, o diabete melito, infarto do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (derrames), gota, câncer de útero, osteoartrose de quadril, joelhos e tornozelos, cálculos na vesícula, varizes, cálculos renais, câncer de mama, irregularidades menstruais, excesso de pêlos e também infertilidade e morte prematura. Sabe-se que praticamente a totalidade dos pacientes obesos apresentam algum transtorno do humor, quer seja o humor deprimido levando ao sedentarismo e a pouca busca por atividade física saudável e necessária, ou a ansiedade, associada a hábitos alimentares compulsivos e outros comportamentos auto-destrutivos. um dos fatores mais notórios associados à epidemia da obesidade diz respeito ao desenvolvimento tecnológico e o aumento do conforto de nossa sociedade ocidental contemporânea. Desta feita, controles remotos para aparelhos eletrônicos, direções hidráulicas e vidros elétricos nos automóveis, lavadoras de roupa e de louça, tele-entregas e outras comodidades jogam a favor de uma economia de energia e conseqüente ganho de peso. Não é mais preciso caçar, pescar ou colher o alimento. É só esticar o braço na prateleira do supermercado. As comidas gordurosas nunca estiveram tão em voga: fast-foods, pizzas, hambúrgueres, massas, queijos, carnes... Que gostosura! É claro, comer é bom, todo mundo gosta, dá prazer! É por isso que é tão difícil perder peso: temos que castrar (ou pelo menos limitar) um de nossos maiores prazeres! É tarefa difícil mas de jeito algum impossível! Com uma boa reeducação alimentar, trocando alimentos mais por menos calóricos, aprendendo a lidar com a compulsão, realizando exercícios físicos regulares de forma adequada e, ocasionalmente, com auxílio inicial de alguma medicação, podemos vencer esta batalha contra o excesso de peso e tornar a vida de muitas pessoas mais saudável e prazerosa.

RONCO E APNÉIA DO SONO PODEM TRAZER DISTÚRBIOS CARDÍACOS GRAVES

O sono é uma função básica e essencial para a manutenção da saúde. É considerado uma necessidade vital do organismo. Durante o sono ocorrem processos metabólicos importantes que, se forem alterados, podem afetar o equilibrio do corpo. Quem dorme menos que o necessário tem menos vigor físico, envelhece precocemente, está mais propenso às infecções, à obesidade, à hipertensão arterial, às arritmias cardíacas e ao diabetes.O ronco pode ser ocasionado pela posição da pessoa ao dormir, geralmente de barriga para cima. Quando o indivíduo deita dessa maneira, a boca se abre e o queixo desloca-se para trás juntamente com a língua pressionando a garganta. Isso facilita a ocorrência do barulho. Em relação ao ronco rítmico, que não tem ligação com a postura ao deitar, são vários os fatores que influenciam, como adenoides e amígdalas muito grandes, alergias (rinites), desvio de septo, pólipos nasais e, principalmente, mandíbula pequena. Diversos desses problemas provocam a obstrução do nariz e a pessoa respira pela boca. Mesmo obstruções menores podem obrigar a pessoa a desenvolver a respiração bucal, o que sempre representa uma solução ruim, embora necessária nesses momentos. O álcool e calmantes são outros motivos que podem gerar o ronco, pois levam ao relaxamento dos músculos da faringe. Por fim, a obesidade também contribui muito para o aparecimento do problema, pois a faringe é passível de infiltração gordurosa, e isso agrava a obstrução. 
      Em pacientes portadores de doença arterial coronária, ou seja, como aqueles que já sofreram infarto do miocárdio ou já foram revascularizados( "safenados"), doentes com INSUFICIÊNCIA CARDÍACA, ARRITMIAS CARDÍACAS GRAVES e  que apresentam APNÉIA DO SONO, têm um risco de morte súbita muito elevado. A apneia do sono é um estágio avançado do ronco, quando há parada respiratória provocado pela obstrução das vias aéreas durante o sono. No adulto, considera-se apneia após 10 segundos de respiração interrompida. A pessoa que ronca deve procurar orientação médica. O exame chamado polissonografia pode ser solicitado para auxiliar no diagnóstico. Este exame é feito em clínicas do sono, na qual a pessoa dorme e seu sono é monitorado durante toda à noite. Existem algumas modalidades de tratamento para o ronco e a apneia do sono. Dentre elas estão o CPAP (máscara nasal), os aparelhos bucais de avanço mandibular e as cirurgias. Associações entre essas terapias somadas à higiene do sono e fonoaudiologia são frequentemente utilizadas para potencializar os resultados. A higiene do sono consiste de várias orientações aos pacientes com o objetivo de promover um sono contínuo e eficiente. É muito utilizada em associação com quaisquer medidas terapêuticas (CPAP, aparelhos bucais, cirurgias) a fim de modificar hábitos inadequados com relação ao sono e melhorar a qualidade de vida.





LICOPENO: SUBSTÂNCIA DO TOMATE QUE PROTEGE O ORGANISMO DE DOENÇAS CRÔNICAS E DEGENERATIVAS

Licopeno é o pigmento que confere cor avermelhada ao tomate. É uma poderosa substância antioxidante que protege o organismo contra processos cancerígenos, ateroscleróticos e degenerativos. Ela atua bloqueando os radicais livres que são responsáveis pelo estresse oxidativo resultando disso, danos celulares e mutação genética. As consequências clínicas, dessas alterações celulares, são o envelhecimento precoce, o aparecimento de doenças cardiovasculares e de processos cancerígenos. O licopeno pertence à familia dos carotenoides. É encontrado em frutas e vegetais, principalmente, o tomate, goiaba, melão e mamão papaia. Há comprovação clínica de que os carotenoides, como o licopeno, beneficiam a saúde humana por desempenhar um importante papel no funcionamento celular. O organismo humano é incapaz de sintetizá-los a partir de precursores endógenos, por isso acaba sendo totalmente dependente das fontes dietéticas. Portanto, é recomendável o consumo de alimentos, como frutas e vegetais, ricos em antioxidantes de maneira em geral para prevenção de doenças crônicas, degenerativas e processos cancerígenos, como o de próstata. Em pacientes de alto risco, como idosos e aqueles com forte histórico familiar, a suplementação medicamentosa pode ser indicada. Sob orientação médica, nesses pacientes deve ser prescrito licopeno de tomate(LICCO) do laboratório Baldacci, 1 cápsula gelatinosa uma vez ao dia, sempre com acompanhamento médico.

SUPERPÍLULA PROMETE REDUZIR O RISCO DE INFARTO E "DERRAME CEREBRAL" , EM ATÉ 60%

Uma superpílula, que reunirá num único comprimido quatro medicamentos para combater as doenças cardiovasculares deve ser testada em 22 hospitais do país em quatro meses. Estudos iniciais, feitos no Brasil pelo HCor (Hospital do Coração), em São Paulo, indicaram que a polipílula reduziu em até 60% os riscos de uma pessoa sofrer infarto ou acidente vascular cerebral (AVC,o derrame), além de controlar o colesterol e a pressão arterial.
     O multicomprimido combina duas substâncias para o controle da pressão arterial, uma que atua sobre o colesterol e outra que evita o entupimento dos vasos sanguíneos do coração. Comprovada a função preventiva do remédio, agora os pesquisadores irão verificar como ele age em pacientes que já tiveram problemas cardiovasculares.
    E o Ministério da Saúde já aguarda esses resultados para incluir o medicamento na lista de remédios distribuídos gratuitamente - o que deve ocorrer em 2013. No país, as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte.
    Cerca de 2.000 pacientes brasileiros que já tiveram infarto ou derrame testarão o produto, por 18 meses, nessa segunda fase de pesquisa. Outros cinco países também participarão dessa etapa. Otávio Berwanger, diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital do Coração e coordenador nacional da pesquisa, diz que na previsão "mais pessimista", o tratamento experimental com pacientes deve começar em outubro ou novembro.

A CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO - "CIRURGIA DE PONTE DE SAFENA" - PROLONGA A VIDA DO PACIENTE

A cirurgia de revascularização do miocárdio tem um efeito positivo e benéfico em portadores de angina não-responsiva à tratamento clínico, mesmo quando há lesão coronária de uma única artéria; há, comprovadamente, um prolonga-mento da vida em pacientes com lesão de tronco de coronária esquerda e em pacientes com lesão de 3 vasos que são revascularizados cirurgicamente; o efeito benéfico é mais pronunciado em pacientes portadores de disfunção ventricular(diminuição da força  de contração do coração) ou de isquemia de surgimento aos pequenos esforços. A melhora dos sintomas isquêmicos é conseguida em 80 a 90% dos pacientes. O uso da artéria mamária interna está associado a um índice de patência de 90 % após 10 anos, se comparado com à veia safena (patência de 40% em 10 anos). O risco da cirurgia de revascularização do miocárdio inclui uma mortalidade operatória de 1 a 4% (em pacientes sem disfunção ventricular expressiva) e de infarto transoperatório(infarto durante a cirurgia) de 5 a 10%. Aproximadamente 15 a 20% dos enxertos fecham no primeiro ano; nos próximos 5 anos, a porcentagem de oclusão é de 2% ao ano, e subsequentemente, 4% ocluem ao ano. Em pacientes com angina muito grave ou isquemia que surge aos mínimos esforços, a cirurgia de revascularização do miocárdio pode estar indicada até mesmo em casos em que não haja doença trivascular( três vasos do coração).

FATORES QUE INFLUENCIAM A SOBREVIDA APÓS CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO



1. Função ventricular 

Do ponto de vista de resultado imediato, é importante a diferenciação de quadro de disfunção ventricular causado por isquemia daquelas situações nas quais já ocorreu fibrose, secundária a episódio anterior de infarto. A disfunção ventricular grave com área extensa de miocárdio fibrosado é fator de insucesso cirúrgico, com maior mortalidade no per e pós-operatório. Em caso de dúvida para se definir o que é miocárdio isquêmico do que é miocárdio já fibrosado, os testes de cintilografia miocárdica radioisotópica podem ser extremamente importantes, para confirmar ou para contraindicar uma cirurgia, durante a fase de exames pré-operatórios.


                             2. Sexo   

A mortalidade na cirurgia coronária tem se mostrado historicamente mais alta em mulheres. Verifica-se que a mortalidade mais alta no sexo feminino está mais associada com a ocorrência de diabetes mellitus do que com qualquer outro fator. O diabetes, por sua vez, também é mais prevalente em mulheres. A recorrência da angina é maior nas mulheres do que nos homens, indicando uma possível maior oclusão de enxertos no sexo feminino no pós-operatório.


                               3. Idade                           
   
A cirurgia em pacientes de mais de 80 anos apresenta-se com um índice de sobrevida hospitalar de 86 a 94%, com uma sobrevida atuarial de 62 a 82% após passados 5 anos da operação. Este é um dado importante, se levarmos em consideração o aumento continuado dos custos médicos e os possíveis benefícios advindos deste tratamento.  


4. Insuficiência renal

Pacientes portadores de angina em repouso e insuficiência renal apresentam uma mortalidade hospitalar na cirurgia de revascularização miocárdica de 9%. Não obstante este bom resultado imediato, verifica-se que a sobrevida destes pacientes é de apenas 45% a 65% em 2 anos. Nos sobreviventes, há uma significativa melhora dos sintomas e em sua classe funcional. Uma opção recente para estes pacientes tem sido a realização de revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea.

  

                    5. Outras patologias vasculares 

A mortalidade em pacientes submetidos à cirurgias coronárias é maior quando existem outras doenças vasculares concomitantes (de carótida, oclusiva de membros inferiores, etc). A mortalidade em cirurgias associadas de revascularização do miocárdio e de carótida é  em torno de 3,4%.

O QUE É ARRITMIA CARDÍACA

Arritmia cardíaca é um distúrbio no ritmo de batimento do coração. Durante um episódio de arritmia o coração pode bater muito lento, rápido ou irregularmente. A frequência cardíaca normal varia de 60 a 100 batimentos por minuto(bpm). Quando ela está abaixo de 60 bpm é chamada de bradicardia, acima de 100 bpm de taquicardia. A grande maioria das arritmias não causam danos, porém algumas podem ser sérias ou até ameaçar a vida. Existem alguns tipos de arritmias cardíacas, que se não diagnosticadas e tratadas adequadamente, podem causar instabilidade hemodinâmica, ou seja, hipotensão arterial, e provocar, tonturas, perda da consciência(desmaios),  parada cardíaca ou morte. Os sintomas mais frequentes, durante um surto de arritmia, são as palpitações, "baticuns" no peito, falta de ar e os demaios. A fibrilação atrial é arritmia mais frequente no paciente idoso. 15% dos pacientes, acima dos 60 anos, são acometidos por esse distúrbio. É um tipo de arritmia que se não tratada adequadamente pode levar a outros distúrbios graves como, o "derrame cerebral" ou seja, o acidente vascular cerebral ou AVC isquêmico, devido a predisposição trombogênica (facilidade de formação de trombos no coração), oriunda dessa arritmia cardiaca. O tratamento das arritmias, depende do tipo de arrtimia. Pode ser de urgência ou a nível ambulatorial, através de medicamentos, de um procedimento chamado cardioversão elétrica ou, até mesmo, como nos bloqueios cardiacos avançados, por intermédio de implante de marcapasso cardíaco definitivo. O acompanhamento médico contínuo e regular é imprescindivel para o diagnóstico e tratamento precoce.

DOR NO PEITO: NECESSITA DE UMA DEFINIÇÃO MÉDICA

A dor torácica ou precordial é um dos sintomas mais comuns na prática clínica. Esse tipo de dor tem uma relevância muito grande, na medida em que, a sua definição clínica precisa ser esclarecida de urgência. Isso porque, a dor torácica pode ser o sintoma de um  infarto agudo do miocárdio, aneurisma dissecante de aorta, embolia pulmonar, em que o diagnóstico e o tratamento precoce pode significar a vida do paciente. Felizmente a maioria das dores no peito são provocadas por outros distúrbios clínicos como, a dor de origem osteomuscular ou fibromialgia, espondiloartroses(coluna vertebral), doenças do aparelho digestivo (azia, gastrite, esofagite, má digestão) e do respiratório(pleurisia, pneumonia, bronquite). A dor precordial causada por uma obstrução nas artérias coronárias, normalmente, tem caracteristicas bem definidas: tem relação com o esforço físico, dura mais ou menos de 2 a 3 minutos, cessa com a interrupção do esforço, irradia-se para o braço esquerdo ou mandíbula e pode vir acompanhada de outros sintomas como o "cansaço ou falta de ar"(dispnéia), náuseas, vômitos ou tonturas. Essa é a ANGINA ESTÁVEL. No entanto, esse quadro pode se alterar, caso ocorra, por exemplo,  um obstrução total por um trombo, na artéria coronária acometida por uma placa de gordura. Nesse caso a sintomatologia é mais aguda: dor torácica prolongada, em repouso, associada com extremidades frias, sudorese, mal estar geral, náuseas ou vômitos. O paciente deve procurar atendimento médico de urgência para esclarecimento diagnóstico.