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Consumo excessivo de carne vermelha aumenta o risco de doença cardíaca.

O consumo de carne vermelha está ligado ao maior risco de doenças cardíacas. No ano passado, pesquisadores do Instituto Lerner de Pesquisa descobriram que, além da relação de gordura e colesterol, há ainda mais uma razão para o risco de aterosclerose a culpa é toda do intestino. Por meio de bactérias, o intestino transforma nutrientes encontrados na carne vermelha em metabolitos – produtos do metabolismo –, o que aumenta o risco de doenças cardíacas. Agora, a equipe de pesquisadores conseguiu descobrir os mecanismos por trás do consumo de carne vermelha e a elevação do risco de aterosclerose, o endurecimento das artérias. Os resultados podem levar a novas estratégias para proteger a saúde cardiovascular.
"Identificamos os mecanismos e os envolvidos no processo. Com isto será possível identificar novas terapias para o bloqueio ou prevenção do desenvolvimento de doenças cardíacas”, disse Stanley Hazen, que liderou o estudo publicado no periódico científico Cell Metabolism.
Basicamente,os pesquisadores descobriram que as bactérias no intestino convertem um nutriente abundante na carne vermelha, a L-carnitina, para os metabólitos N-óxido de trimetilamina (TMAO) e gama-butyrobetaine, que promovem a aterosclerose.
O entendimento de todo o processo pode permitir no futuro que a produção de carne se altere. “Ainda vai levar um tempo, mas os estudos presentes podem nos ajudar a desenvolver algo que permita que se possa comer um bife com menos preocupação”, completa.

Homens que sofrem de insônia morrem mais do coração, diz estudo


A insônia caracteriza-se pela dificuldade em iniciar e/ou manter o sono e pela sensação de não ter um sono reparador.É o transtorno do sono mais comum, respondendo por cerca de 25% das queixas em clínicas especializadas em distúrbios do sono.
Pesquisadores norte-americanos concluíram que homens que sofrem de insônia apresentam um risco maior de morte total e cardíaca.Um total de 23.447 homens foram avaliados no ano de 2004 quanto presença de sintomas de insônia (dificuldade para iniciar e/ou manter o sono, despertar de manhã cedo e sono não reparador). Os pacientes foram acompanhados até 2010.
Após criteriosa análise estatística, o risco relativo de mortalidade total foi 25% maior quando havia dificuldade em iniciar o sono, 9% maior para dificuldade em manter o sono, 4% maior para despertar de manhã cedo e 24% maior para o sono não reparador. Homens com dificuldade em iniciar o sono e que ainda referiram sono não reparador também tiveram um risco aumentado de mortalidade específica por doença cardíaca, quando comparados aos homens sem esses sintomas.
A polissonografia é o exame específico para diagnosticar os distúrbios do sono, podendo ser indicada na avaliação clínica desses pacientes.
Fonte: Circulation.
Comentarios do autor desse Portal:
Esse é mais um estudo que associa insônia e com um risco aumentado de morte, inclusive de origem cardíaca.A insônia associa-se também a maior prevalência de obesidade.É fundamental a pesquisa da causa e o tratamento desses sintomas.O profissional mais afeito a esse diagnóstico é o neurologista especialista em distúrbios do sono, embora muitas vezes clínicos possam diagnosticar a causa do sintoma (depressão, por exemplo), bem como tratá-lo de forma adequada.

ÁCIDO ÚRICO: DISTÚRBIOS ORGÂNICOS PROVOCADOS PELO SEU AUMENTO NO SANGUE: HIPERURICEMIA


      O ácido úrico está entre as substâncias naturalmente produzidas pelo organismo. Ele surge como resultado da quebra das moléculas de purina – proteína contida em muitos alimentos – por ação de uma enzima chamada xantina oxidase. Depois de utilizadas, as purinas são degradadas e transformadas em ácido úrico. Parte dele permanece no sangue e o restante é eliminado pelos rins. Os níveis de ácido úrico no sangue podem subir 1) porque sua produção aumentou muito, 2) porque a pessoa está eliminando pouco pela urina, 3) por interferência do  uso de certos medicamentos. Como consequência dessa taxa de ácido úrico elevada (hiperuricemia), formam-se pequenos cristais de urato de sódio semelhantes a agulhinhas, que se depositam em vários locais do corpo, de preferência nas articulações, mas também nos rins, sob a pele ou em qualquer outra região do corpo. Estudos recentes realizados no Instituto do Coração de São Paulo mostram que níveis elevados de ácido úrico no sangue aumentam o risco de desenvolver acidentes cardiovasculares.
SINTOMAS

    O depósito dos cristais de urato nas articulações, em geral, provoca surtos dolorosos de artrite aguda secundária, especialmente nos membros inferiores (joelhos, tornozelos, calcanhares, dedos do pé), mas pode comprometer qualquer articulação. Nem todas as pessoas com hiperuricemia desenvolverão gota, um tipo de artrite secundária, de caráter genético e hereditário, que acomete mais os homens adultos. Nos rins, a hiperuricemia é responsável pela formação de cálculos renais (litíase renal) e insuficiência renal aguda ou crônica (nefropatia úrica).
DIAGNÓSTICO

      O diagnóstico de certeza é dado por um exame que mede a concentração de ácido úrico no sangue e exige 8 horas de jejum para ser realizado.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO


     Portadores desse distúrbio metabólico devem evitar o estresse físico, o uso de diuréticos e de antiinflamatórios, assim como devem evitar a ingestão excessiva de alimentos e bebidas ricos em purina (carne vermelha, frutos do mar, peixes, como sardinha e salmão, e miúdos). Como leite e derivados parecem melhorar a eliminação do ácido úrico, devem ser incluídos na dieta que, acima de tudo, precisa ser saudável e favorecer o controle da obesidade e da hipertensão. Além da alimentação pouco calórica, quando necessário, podem ser indicados medicamentos para inibir a produção de ácido úrico (alopurinol) ou para aumentar sua excreção (probenecide e sulfinpirazona). Algumas pessoas precisam dos dois tipos porque têm excesso de produção e dificuldade de excreção dessa substância.

RECOMENDAÇÕES


1) Beba bastante água para ajudar o organismo a eliminar o ácido úrico;
2) Prefira os alimentos não industrializados; adote uma dieta saudável, rica em frutas, verduras, leite e derivados;
3) Evite o consumo de bebidas alcoólicas, especialmente de cerveja que é rica em purina;
4) Não se automedique. Consulte um médico para orientar o tratamento e peça ajuda ao nutricionista para eleger uma dieta que ajude a controlar a taxa de ácido úrico e a manter o peso em níveis adequados.